Eu sempre quis ser só um pouco de alguém. E não apenas minha.
Sempre quis que alguém me assumisse, usando o "minha", no lugar de "amor".
Porque amar é fácil. Mas ter, ME TER, nunca foi.
Sempre quis poder encostar a cabeça no ombro e poder curtir o silêncio que canta, mas grita dentro de mim.
A incerteza se desespera, enquanto minha boca permanece muda e o coração sapateia, quase saindo do peito.
E eu só queria poder ser "a minha" de alguém, enquanto imagino que o silêncio dentro, igualmente em mim, não é nada silencioso, desse que quer ser "o meu".
Cansei de ser de mim...
A vida é uma brasa, mora?
Há 10 anos
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