terça-feira, 1 de setembro de 2009

Existencialismo Patológico.





Meu pedido é claro.
Ele é óbvio, único,
Singelo.
Puro e límpido,
Como a última gota de vodka que aspira arder sua guela à dentro.

Meu pedido é singular.
É solitário, egoísta, mas é meu.
É meu pedido.

Peço-te apenas que me deixe existir.
Me deixe estar aqui e desfrutar de todas as minhas tristezas,
de minhas desilusões, devaneios e dias que nunca terminam.

Quero existir para por dentro de mim apenas estar.
Estar na essência do essencial de um prato de sopa fria,
com moscas que outrora passearam em meus destraídos lábios,
tão pensativos e distantes como o meu alçar do ponto baixo do desejar.

Este é o meu pedido.
Meu e de mais ninguém.
Somente meu.
Pra sempre,
meu.

Meu existir existe dentro da minha existência.

Existo.

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