quinta-feira, 4 de junho de 2009

Teias de aranha

Eu me assusto diante da possibilidade do não.
Do não poder. Do não estar.
Do presente que se faz constante no meu futuro.
A cada segundo sinto que meu futuro perde espaço pro passado.

Tenho medo do meu presente estar sendo um reflexo perfeito do passado que condenei.
Medo de estar sendo livre dentro de uma liberdade conformada e criada dentro de uma prisão.
Prisão que eu tive a chave e engoli.

Meu presente escorre pelos meus dedos, desabita minhas entranhas, foge de mim como o diabo foge da cruz.
Mas meu futuro está tão presente quanto {quando} sua presença está em mim.

Horas, segundos, minutos... são apenas regras de um ponteiro.
Um ponteiro que insiste em quebrar momentos, gerar saudades, trazer rancor e pulsar com ansiedade qualquer coração.
Números exatos e inexatos que calculam e dão conclusão ao que poderia ser eterno.

Mas enquanto eu quiser, me dou a liberdade do eterno.
E vai ser eterno enquanto durar.

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